Em 1929, uma americana chamada Dorothy Harrison Eustis fundou o primeiro centro de treinamento de cães-guia em Potsdam, na Alemanha. Eustis havia escrito um artigo sobre o treinamento de cães-guia que chamou a atenção de um austríaco chamado Gerhard Stalling, que já estava treinando cães-guia para veteranos de guerra cegos. Eustis e Stalling colaboraram para aprimorar as técnicas de treinamento de cães-guia e fundaram o "The Seeing Eye", o primeiro centro de treinamento de cães-guia nos Estados Unidos.
Nos anos seguintes, os cães-guia se tornaram cada vez mais comuns em todo o mundo, ajudando pessoas com deficiência visual a se deslocar com segurança e independência. O treinamento de cães-guia moderno é altamente especializado e inclui o uso de técnicas de treinamento positivo para ensinar habilidades específicas de guia, como evitar obstáculos e encontrar locais específicos. Os cães-guia são altamente treinados para serem confiáveis e atentos às necessidades de seus parceiros humanos, permitindo que pessoas com deficiência visual desfrutem de uma maior liberdade e independência em suas vidas diárias.
Processo de adoção de um cão-guia
A adoção de um cão-guia é um processo cuidadoso que envolve várias etapas. Aqui está uma visão geral do processo de adoção de um cão-guia:
Solicitação: O primeiro passo é preencher uma solicitação de adoção de um cão-guia. Algumas organizações podem ter requisitos específicos, como idade ou mobilidade reduzida, para os candidatos à adoção.
Entrevista: Depois de enviar a solicitação, você pode ser contatado para uma entrevista, onde um representante da organização pode fazer perguntas para determinar se você é um candidato adequado para adotar um cão-guia.
Avaliação da casa: Se a organização achar que você é um candidato adequado, eles podem agendar uma avaliação da sua casa para garantir que ela seja segura e adequada para um cão-guia.
Treinamento: Se você for aprovado na avaliação da casa, a organização irá fornecer treinamento para você e o cão-guia. O treinamento pode incluir a aprendizagem dos comandos básicos, cuidados com a saúde e bem-estar do cão, e como trabalhar com o cão em público.
Adoção: Depois que você e o cão-guia tiverem concluído o treinamento e estiverem prontos para trabalhar juntos, você poderá adotá-lo oficialmente.
É importante lembrar que a adoção de um cão-guia é um compromisso sério e que os cães-guia são altamente treinados e valiosos. Como tal, é necessário respeitar as regras e expectativas da organização que oferece o cão-guia, para garantir que o cão-guia esteja sempre em segurança e tenha o melhor desempenho possível.
As raças mais indicadas cão-guia
Algumas raças de cães são mais comumente usadas como cães-guia devido a suas habilidades naturais e temperamento adequado para o trabalho. Aqui estão algumas raças frequentemente utilizadas como cães-guia:
Labrador Retriever: Uma das raças mais comuns para cães-guia, os Labradores são inteligentes, amigáveis e altamente treináveis. Eles são capazes de aprender uma ampla variedade de comandos e são excelentes em guiar pessoas com deficiências visuais.
Golden Retriever: Como o Labrador, o Golden Retriever é conhecido por ser amigável e altamente treinável. Eles também são capazes de aprender rapidamente uma variedade de comandos e são frequentemente usados como cães-guia.
Pastor Alemão: Inteligente e altamente treinável, o Pastor Alemão é frequentemente utilizado como cão-guia para pessoas com deficiências visuais, auditivas ou físicas.
Poodle: Poodles são cães inteligentes e altamente treináveis. Eles são frequentemente usados como cães-guia para pessoas com alergias, devido a seus pelos que não soltam muito e são facilmente cuidados.
Boxer: Os Boxers são cães atléticos e inteligentes que também são frequentemente usados como cães-guia para pessoas com deficiências visuais, auditivas ou físicas.
No entanto, é importante lembrar que cada cão é um indivíduo e nem todos os cães de uma determinada raça serão adequados para serem cães-guia. Além disso, o treinamento individual e as características do cão devem ser levados em consideração ao selecionar um cão-guia adequado para uma pessoa específica.
Posso interagir com um cão guia na rua
Não é recomendável interagir com um cão guia na rua, pois ele está trabalhando para guiar e ajudar seu dono com deficiência visual. Quando o cão está com o colete ou a guia de trabalho, ele está em serviço e sua atenção deve ser mantida no trabalho que está realizando. Interagir com o cão pode distraí-lo e interromper sua capacidade de realizar sua função.
Se você deseja interagir com um cão guia, é importante pedir permissão ao dono antes de fazê-lo. Se o dono permitir, você ainda deve abordar o cão com calma e cautela, sem fazer movimentos bruscos ou tentar acariciá-lo sem autorização. Lembre-se de que o cão está trabalhando e deve ser tratado com respeito e consideração.
Aposentadoria do cão guia
Assim como os humanos, os cães guia também se aposentam. A idade de aposentadoria dos cães guia varia, mas geralmente ocorre quando eles têm entre 8 e 10 anos. No entanto, isso também pode depender da saúde do cão e de sua capacidade de realizar suas tarefas com segurança.
Quando um cão guia se aposenta, o dono pode decidir mantê-lo como um animal de estimação, cuidando de sua saúde e bem-estar pelo resto de sua vida. Algumas organizações que treinam cães guia também oferecem programas de adoção para pessoas interessadas em dar um lar amoroso para um cão guia aposentado.
É importante lembrar que, durante sua aposentadoria, o cão guia pode precisar de cuidados especiais, como uma dieta específica, exercícios leves ou atendimento veterinário regular. Como um animal que serviu fielmente seu dono e comunidade, o cão guia aposentado merece ser tratado com respeito, amor e cuidado.
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